domingo, 15 de agosto de 2021

 (...) às vezes eu 
me acalentava a mim mesmo dizendo isso vez após vez até que depois a 
madressilva se misturou a tudo e aí a história toda passou a simbolizar a noite 
e a inquietude eu parecia estar deitado nem dormindo nem acordado olhando 
para um corredor comprido à meia-luz cinzenta onde todas as coisas estáveis 
haviam se tornado sombrias paradoxais tudo o que eu havia feito sombras tudo 
que eu havia sentido sofrido ganhado forma visível grotesca e perversa 
zombeteira sem relevância inerentes nelas a negação do significado que 
deveriam afirmar pensando eu era eu não era quem não era não era quem.

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