segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

retrospectiva 2019

Final de ano de 2018, Dido casou com Adriana (finalmente), César não entrou com ele na cerimônia sob a perspectiva de separação com tia Lessi. Não deu outra, final de ano ela já tinha sumido de Matatu, agora já nem lembro pra onde ela foi, pegou tudo o que tinha, as 1001 peças de roupas e as 1001 coisas pra fazer e levou suas crises de choro com ela por um tempo. Em maio, poucos dias antes do meu aniversário, recebi uma ligação que dizia que teríamos que arrumar nossas coisas e morar na casa de luciana por alguns meses. A notícia foi dada com muita naturalidade, sem conversas anteriores, sem precedentes e tirou o meu chão, mesmo depois de ter ouvido essa mesma notícia da moça que trabalhava lá em casa, claro, num tom completamente diferente da ligação e inclusive mais coerente, que foi de indignação. Luciana recebeu a notícia com a maior naturalidade, pra ela seríamos sempre bem vindos. Lalá não poderia ir, ficaria com Cesar na clínica do veterinário. Chorei muito. Chorei muito, muito, muito. A minha família e meus amigos me perguntavam onde fui me meter. Em maio mesmo, pouco depois do meu aniversário, e logo no fim do semestre, não consegui pensar em absolutamente nada a não ser o que poderia ir pra Santa Rita com a gente e o que poderia ficar. Os livros ficaram. Ana ficou. Meu coração ficou foi partido em vários pedacinhos. Mirav foi comigo apesar de luciana não gostar muito da ideia. Eu e Davi acordamos na madrugada da mudança apesar de não termos dormido nada pela ansiedade. Deixei tudo providenciado e saí pra trabalhar. Claro que não tive cabeça pra trabalhar. Apesar de tudo, voltei seis horas da tarde e no caminho, resolvi que o meu óculos de uma perna só estava me fazendo mal e perdi as estribeiras comprando uma armação de 600 reais que depois passei um mês me culpando de ter comprado. Cheguei na casa de luciana um caco. Mirav tinha passado o dia inteiro na caixa sem beber e nem comer nada porque estavam com medo dela atacar os porquinhos da índia. A minha situação me deixava depressiva. Desde o começo tinha sido um erro levar ela pra lá. Por inúmeros motivos. Fico triste e angustiada até de pensar. Ela passou por privações desnecessarias, mas minha tristeza maior foi decidir que ela precisava voltar pra matatu e ficar com Ana. Estávamos proibidos de aparecer na nossa casa em matatu, mesmo assim eu passava  duas vezes por semana lá em casa pra ver ela e descobrir que ela acabava sempre querendo dormir no nosso quarto vazio. Eu deixava de ir pro trabalho as vezes de tarde pra dormir com ela. Ela colava o focinho com o meu nariz e segurava o meu braço com as duas patas. Dormíamos mais ou menos uma hora assim, até que eu não aguentava mais de fome e tristeza e resolvia ir embora, e ela ficava me olhando do portão. Com o tempo ela passou a amar Ana e Rê, e começou a dormir na casa de cima. Nunca tínhamos nos separado em quatro anos. Meu coração e meu estômago viviam vazios. De Lalá praticamente não tínhamos notícias. Eu passava na padaria e comprava um pote de 8 reais de sequilhos quase todos os dias. Quero me abster de como foi minha experiência na casa de minha cunhada. Amo-os todos. Mas quero me abster. O meu semestre só foi salvo porque passei  uma semana inteira em busca vida e consegui fazer os trabalhos finais que foram ótimos. Mas a minha decisão era de trancar o semestre seguinte e trabalhar full time pra pagar um aluguel ou ir pra fazenda. Minha sogra não queria que eu trancasse o semestre de jeito nenhum, muito menos pra trabalhar. Davi dizia que eu era exigente demais. Eu só queria ficar em paz com os nossos bichos sem ter que lidar com a convivência de pessoas que viviam de uma maneira muito diferente do que eu estava acostumada. A instabilidade me assustava. No dia 25 de julho fomos pra fazenda. Não há nada nesse mundo que me faça me arrepender de ter tomado essa decisão. Em nenhum momento, mesmo depois da coruja rasga-mortalha ter me traumatizado por uns 2 meses e ter vivenciado coisas sem explicação, em nenhum momento eu quis voltar. 30 de novembro fomos pra salvador na perspectiva de passar 10 dias e passamos 2 meses. Fomos pra um apartamento no Iguatemi sem grades nem redes e nem porra nenhuma, gastamos um dinheiro lerdo de Uber e de dados móveis. Mirav ficou com Ana de novo, me atormentava o fato dela estar andando despreocupadamente pelas janelas do décimo primeiro andar. Não nos vimos nenhuma vez. Ana ganhou título oficial de dinda de Mirav. Lalá foi pra busca vida. Nesse meio tempo passamos uns 15 dias em busca vida também. Agora estamos de novo na fazenda na perspectiva de voltar em março pra o meu último semestre que eu tranquei e morar mais Deus sabe onde. Esse ano morei em 4 lugares diferentes. Quase 5. Eu só queria dizer basta e ficar por aqui mesmo. Que porra de restrospectiva foi essa, hein Tainá

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