Os pássaros estão cantando
aquele antigo acalanto
de outrora
Os pássaros cantam 
e não há mais espaço pra mim
vou-me embora
Me digas,  passarinho, 
donde vem tua tristeza? 
Me contes,  pequeno bicho
do gelo nas minhas veias
A brisa agora é ventania
e estás a cair sem planar
mas o ninho há de esperar
a sua cotovia
Éramos tu e eu nesse deserto
Fundado pelo meu coração indisciplinado
no solo nada brotava,  e nada crescia
apesar das lágrimas que o regavam
Mas o ninho há de esperar 
a sua cotovia
e vou me esconder debaixo
 das tuas asas
Até o outro dia... 
 
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